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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Não temos ouro nem prata



Não temos ouro nem prata
 
Se Pedro nos visitasse no presente século, talvez ficasse chocado
 vendo não só a dicotomia ocorrida com a Igreja, assim como
 a diferença patrimonial, espiritual e financeira da mesma.

Jesus acabara de ressuscitar (Jo 20.19). Ao cair da tarde daquele dia,
 veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!
 Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos com 
as portas trancadas, veio Jesus, e disse-lhes: Paz seja
 convosco!
Depois disto, tornou Jesus a manifestar-se aos discípulos 
junto do mar de Tiberíades... Simão Pedro em certo momento
 resolve pescar ao que outros também disseram:
 Também nós vamos contigo. Quantos homens e mulheres
 de Deus após a morte de um sonho, de uma oração, de,
 um projeto, “voltam a pescar”.
Lançai a rede à direita do barco e achareis! Assim fizeram ,
e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade 
de peixes. Estaria Jesus abrindo uma frente de trabalho, 
uma empresa que financiaria Sua Igreja Universal, o Reino de Deus? 
Foram ao mercado revender? Abriram-se-lhes os olhos
 para que vissem o quanto poderiam enriquecer através do poder
 de Jesus? Não! Simplesmente não!
Pedro e João (At 3.1) sobem ao templo para a oração. Era levado 
um homem, coxo de nascença, que diariamente pedia esmola 
aos que entravam. Vendo ele a Pedro e João, implorava que lhe
 dessem uma esmola.
Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós.
 “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, 
isso te dou”, “em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”

1. A Igreja deixou de fitar os olhos na pessoa, por não ter
 tempo ou interesse. O foco deixou o individual (pouco lucro) 
para investir no coletivo (arrecadação maior).

2. A Igreja hoje, quando diz: “Olha para nós”, nem sempre pode
 fazê-lo por ter condição de oferecer aquilo que lhe foi confiado por
 Cristo, o poder (At 1.8; Jo 14.12). Ao invés disso, muitos se 
apoderaram do poder, não o do alto, mas o “auto poder”.

3. A Igreja na sua grande maioria não pode repetir: “Não tenho 
prata nem ouro”. Junto com o pecado, escândalos, injustiças, 
poder, o que a Igreja através de alguns de seus representantes,
 mais buscou através de sua história, foi a prata e o ouro.

4. A Igreja tem tido dificuldade em dizer: “Em nome de Jesus Cristo, 
o Nazareno, anda!”. Quais atitudes negativas foram incorporadas ,
ao Sagrado?

Tanto pelo lado da igreja romana como da reforma protestante,
 ambas se distanciaram do encontro ocorrido entre o apóstolo 
(Igreja) e o paralítico (perdidos). O apóstolo enriqueceu e o paralítico não andou!

São Tomás de Aquino, em visita ao Papa, que após lhe mostrar 
todos os tesouros do Vaticano granjeados através dos séculos,
 e comentar: Já não podemos dizer como Pedro e João, não
 temos prata, nem ouro..., (Aquino) responde ao pontífice:
 É..., mas também não podemos dizer levanta-te, e anda!

Por outro lado, mês a mês, estoura escândalo sobre escândalo
 com líderes evangélicos envolvidos em práticas de corrupção, 
roubo (do sagrado), enriquecimento ilícito, etc.

Que diria Pedro, hoje (para nós), ao ver nossos templos?
 E quanto as nossas atitudes com os paralíticos? Quantos 
deles esfolados, espoliados, despojados do pouco de suas 
misérias, sustento, fé... ensinados a buscarem o paraíso na terra, 
o passageiro, o que corrói, finda...

Após o milagre, o entrevado não adquire uma biga, não 
sobe na vida, não vira senador, não faz aos outros o 
que fizeram com ele, mas, levantando-se imediatamente,
 entra com eles no templo, saltando e louvando a Deus.

Essa é a hora do nosso próprio ego ser testado! Pedro, 
a exemplo de João que aponta para o Cordeiro, Jesus, 
não atrai para si os holofotes do clamor e honras 
oferecidos por ignorância, pelo povo. Tal atitude
 agrega quase cinco mil almas a Igreja. Crescimento 
gerado pelo poder do alto, não do auto poder, que 
apenas faz inchar!

Vivemos num mundo e numa época de competição 
com o Sagrado. Prêmio para o maior cantor, 
intérprete, compositor, musicista, o maior evangelista, 
maior pregador, maior pastor, maior igreja, maior nome
 no cenário evangélico, etc.

Mas João 3.30 (dois mil anos se passaram!), ainda é capaz
 de condenar quem assim age!

“Convém que Ele cresça e que eu diminua.”

Ao atentarmos para tais mudanças, após submetê-las 
ao crivo da Palavra e deixarmos o Espírito Santo 
ensinar e agir em nós, todos, a partir de mim, estaremos
 voltando a prática das primeiras obras (Ap 2.5), arrependidos,
 para que o nosso candeeiro não seja removido.

Só assim poderemos novamente fitar os olhos nas pessoas, dizer:
, “Olha para nós”, afirmar: “O que tenho, isso te dou: 'Em nome de
 Jesus Cristo, o Nazareno, anda!'”

A Igreja, do Deus Imutável, infelizmente mudou. Mas pode 
mudar novamente, não através da reforma, mas da volta ao início,
 ao primeiro amor, submetendo-se ao seu dono, o Cordeiro de Deus,
 Jesus Cristo, o Senhor.




 Autorizado pelo autor: Pr. Dirceu Pereira

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