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sábado, 24 de abril de 2010

Pastoral






A ALMA CATÓLICA DOS EVANGÉLICOS NO BRASIL.






Os evangélicos no Brasil nunca conseguiram se livrar totalmente da influência do Catolicismo Romano. Por séculos o catolicismo formou a mentalidade religiosa do povo brasileiro, a sua maneira de ver o mundo (“cosmovisão”), há varias evidencias de que boa parte do dito seguimento evangélico não tem conseguido se livrar da herança Católica Romana.


É um fato que a conversão verdadeira (arrependimento e fé) implica uma mudança espiritual e moral, mas não significa necessariamente uma mudança na maneira como a pessoa vê o mundo. Alguém pode ter sido regenerado pelo Espírito e ainda continuar, por um tempo, a enxergar as coisas com os pressupostos antigos. É o caso dos crentes de Corinto por exemplo. Na primeira carta que lhes escreve, Paulo revela duas áreas em que eles continuavam a agir como pagãos: Na maneira grega dicotômica de ver o mundo dividido em matéria e espírito (que dificultava a aceitação entre eles das relações sexuais no casamento e a ressurreição física dos mortos – capítulos 7 e 15) e o culto à personalidade mantida para com os filósofos gregos (que logo os levou a forma partidos na igreja em torno de Paulo, Pedro, Apolo e mesmo do próprio Cristo – capítulos 1 e 4). Eles eram cristãos, mas com a alma grega pagã. Da mesma forma, creio que grande parte dos evangélicos no Brasil tem alma católica.


1)O Gosto por bispos e apóstolos – Na Igreja Católica, o sistema papal impõe a autoridade de um único homem sobre todo o povo. A distinção entre clérigos (padres, bispos, cardeais e o papa) e leigos (o povo comum) coloca os sacerdotes católicos em um nível acima das pessoas normais, como se fossem revestido autoridade sobrenatural, carisma, espiritualidade inacessível, que provoca admiração e o espanto da gente comum, infundindo respeito e veneração. Há um gosto na alma do brasileiro por bispos, cardeais, apóstolos e pompas e rituais. Só assim consigo entender a aceitação generalizada por parte dos próprios evangélicos de bispos e apóstolos autonomeados, mesmo após Lutero ter rasgado a bula papal que o excomungava e queimá-la na fogueira.


2)A idéia de que pastores são mediadores entre Deus e os homens – No catolicismo, a igreja é a mediadora entre Deus e os homens e transmite a graça divina mediante os sacramentos, as indulgências, as orações. Os sacerdotes católicos são vistos como aqueles através de quem essa graça é concedida, pois são eles que com suas palavras, transformam na missão, o pão o vinho no corpo e no sangue de Cristo; que aplicam a água benta no batismo para remissão dos pecados; que ouvem as confissões do povo e pronunciam o perdão de pecados. E o pior de tudo isso é que essa mentalidade esta influenciando os evangélicos no Brasil como se isso fosse o meio de se alcançar as bênçãos de Deus, quando na verdade não é.


3)O misticismo supersticioso no apego a objetos sagrados – O catolicismo no Brasil, por sua vez influenciado pelas religiões afro-brasileiras, semeou misticismo e superstição por séculos na alma do povo brasileiro: Milagres de santos, uso de relíquias, aparições de Cristo e de Maria objetos ungidos e santificados, água benta, entre outros. Hoje, há um crescimento espantoso entre os setores evangélicos, do uso do copo d’água, rosa ungida, sal grosso, pulseiras abençoadas, pentes santos do kit de beleza da rainha Ester, pecas de roupas de entes queridos, oração no monte, no vale, fogueira santa; óleo das oliveiras de Jerusalém, água do Jordão, sal do Vale do Sal, trombetas de Gideão (distribuídas em profusão), o cajado de Moisés... É infindável e sem limites a imaginação dos lideres e a credulidade do povo.


O que é mais surpreendente é que os evangélicos no Brasil estão este os mais anti-católicos do mundo. Só para ilustrar (e sem entrar no mérito da questão), o Brasil é um dos países onde pessoas convertidas do catolicismo são rebatizadas nas igrejas evangélicas.


Quando vejo o retorno de grandes massas ditas “evangélicas” `as práticas medievais católicas de usar no culto a Deus objetos ungidos e consagrados, procurando para si bispos e apóstolos, imersas em práticas supersticiosas, se Lutero ainda estivesse vivo o que diria! Me pergunto se, ao final das contas, o neopentecostalismo brasileiro não é, na verdade um filho da Igreja Católica Medieval, uma forma de neocatolicismo tardio que surge e cresce em nosso País, onde até os evangélicos tem alma católica. (Adaptado)










Pastor Luiz Orlando Souza.







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