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sábado, 23 de outubro de 2010

A história de Jacó

A história de Jacó




Jacó fazia parte da terceira geração de uma família que adorava ao verdadeiro Deus, separada por Ele mesmo para formar uma descendência santa que abençoaria todos os povos da Terra (Gn. 12:3). Apesar disso, ele ainda não tinha uma experiência real com o Senhor, assim como seu avô Abraão e seu pai Isaque tiveram. Assim sendo, a situação de Jacó nos lembra muito os casos de famílias cristãs onde os filhos e netos ainda não aceitaram a Cristo como Seu Redentor e Salvador, provando que apesar da família e do ambiente onde se vive serem fortes fontes de influência na vida de uma pessoa, esta ainda é um ser moral responsável por si mesmo e capaz de tomar suas próprias decisões, seja para ingressar num bom caminho, seja para seguir por um caminho ruim. Afirmar o contrário, para mim, é aceitar um tipo de determinismo que não concordo: como se um filho de pais ladrões fosse com certeza se tornar um ladrão, ou sê-lo até o fim de sua vida [1].



A história de Jacó conforme descrita na Palavra de Deus ainda põe à nossa vista como é o amor de Deus por nós, ao mostrar que o motivo de Deus escolher amar a Jacó (Gn. 25:23; Ml. 1:2-3) a ponto de, por Sua Misericórdia e Graça, agir em seu favor para sua conversão e transformação pessoal partiu Dele mesmo, e não foi por mérito algum encontrado no neto de Abraão. De igual forma, se a escolha de Deus nos amar fosse condicionada a bons motivos encontrados em nós, estaríamos perdidos para sempre (Ef. 2:1-2).



Afinal de contas, como uma pessoa que se aproveita da fraqueza do próprio irmão (cabeçudo) e mente para o pai cego poderia ser considerada boa? Pois foi exatamente isso que Jacó fez (Gn. 25:27-34; Gn. 27), e por este motivo seu nome passara a ser sinônimo de "enganador". Para não ser alvo da fúria vingativa de seu irmão Esaú, ele foge escondido para a casa de parentes, e no caminho, em uma cidade chamada Luz, tem uma experiência com Deus, onde em visões Ele afirma ser o Deus de seu avô e pai, e que também o abençoaria e o guardaria (Gn 28:10-17). Reconhecendo o lugar como sendo especial, Jacó passa a chamar a cidade de Betel (Casa de Deus) e erige um altar, fazendo o seguinte voto:



Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus; (Gênesis 28:20,21)



Interessante notar que mesmo Deus fazendo uma promessa incondicional a Jacó, este faz um voto condicional. Mesmo Deus afirmando que seria o seu Deus e o abençoaria, Jacó ainda fala "se Deus for comigo... o SENHOR será o meu Deus". Isso mostra como ele ainda precisava amadurecer na fé, crescer em Deus, algo que o próprio Senhor provê, mostrando como isto também fazia parte de Sua bênção a Ele; não apenas livramento, proteção e prosperidade, mas também algo fundamental a ele: a sua própria conversão.



Jacó experimenta a presença de Deus ao longo de sua vida, até o instante quando, momentos antes de se reencontrar com Esaú, e preocupado com o fato de que isto poderia ser algo fatídico a ele e a sua família, Jacó tem um novo encontro com Deus que, desta vez, manifesta-se visivelmente [2] no vau de Jaboque, onde ambos "lutam", com Deus permitindo que Jacó O resista até o ponto onde Ele desloca sua coxa. Esta incrível experiência com Deus marca seu amadurecimento e conversão. Jacó pede por Sua benção, e Deus muda o seu nome para Israel: não mais um enganador, mas príncipe de Deus.



De Jacó a Israel, e de Betel a El-Betel. O neto de Abraão volta ao lugar onde havia vivenciado a presença do Senhor pela primeira vez, mas não conhecendo apenas a Casa de Deus (Betel) mas sim o próprio Deus da Casa de Deus (El-Betel), e erige novamente um altar, mas agora sem impor condições:



Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão. Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes; levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei. [...] Assim, chegou Jacó a Luz, chamada Betel, que está na terra de Canaã, ele e todo o povo que com ele estava. E edificou ali um altar e ao lugar chamou El-Betel; porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de seu irmão. (Gênesis 35:1-7)



A promessa de Deus se cumpre em Jacó, que o abençoa agora não só como o Deus de seu avô e pai, mas também como o Salvador e Redentor dele mesmo, ao ponto dele exigir de sua família a purificação, lançando fora todos os deuses falsos. O Senhor ainda declara:



Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó, porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência. (Gênesis 35:10-12)



Assim como o Senhor mostrou Sua Bondade e Misericórdia a Jacó, resgatando-o de uma vida de enganações e transformando-o em um servo Seu, assim Deus também faz conosco, por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo (Jo. 3:16). Deus toma o primeiro passo, partindo Dele mesmo para nos salvar e transformar, mostrando Seu Amor incondicional por nós.



Obs.: post baseado na linda mensagem entitulada Amor incondicional do Rev. Hernandes Dias Lopes, transmitida no programa Verdade e Vida da IPB no dia 19 de setembro deste ano.



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